Células solares CIGS
Pesquisadores do laboratório suíço EMPA bateram um novo recorde de eficiência em suas células solares CIGS.
CIGS é uma sigla formada pela iniciais de cobre, índio, gálio e selênio (na verdade um disselento), os materiais usados na construção da célula solar.
Este tipo de célula pode ser fabricado em filmes plásticos e até por impressão jato de tinta.
A menor eficiência das células solares CIGS - em relação às células fotovoltaicas de silício - deve-se principalmente à baixa temperatura que deve ser usada para que elas sejam aplicadas sobre o plástico.
Os pesquisadores suíços, que trabalham tanto com substratos plásticos quanto de vidro, conseguiram baixar a temperatura ótima para a deposição sem perder eficiência.
Pinturas solares
O novo processo permitiu atingir um recorde de 18,7% na conversão solar-elétrica quando as células CIGS são aplicadas sobre plástico.
Isto as coloca praticamente em pé de igualdade com as células solares de silício, mas com duas vantagens substanciais: um custo muito menor e a flexibilidade do plástico.
Os pesquisadores também demonstraram que o processo é adequado para a aplicação das células solares sobre metais, incluindo o aço - neste caso, a eficiência atingida foi de 17,7%.
Isso abre caminho, por exemplo, para a criação de "pinturas solares" para carros elétricos, que ajudarão a carregar as baterias, assim como o uso da energia solar em uma infinidade de aplicações onde a instalação dos pesados painéis solares atuais não é adequada.
Os pesquisadores criaram uma empresa, chamada Flisom, para aprimorar a aplicação do novo processo de baixa temperatura por um sistema industrial de fabricação contínua por impressoras de rolo (roll-to-roll).
Célula solar de pontos quânticos
Por sua vez, um grupo de pesquisadores canadenses, sauditas e norte-americanos criaram a célula solar de pontos quânticos mais eficiente já fabricada até hoje.
Pontos quânticos são semicondutores em nanoescala que capturam os fótons e geram uma corrente elétrica.
Devido ao seu tamanho minúsculo, eles podem ser aspergidos sobre superfícies flexíveis, inclusive plástico. Isso os torna promissores para a fabricação de painéis solares mais baratos.
O avanço foi obtido encapsulando os pontos quânticos coloidais (CQD:collodial quantum dots) com uma única camada de átomos.
Isso é importante porque aumenta a densidade dos pontos quânticos, o que eleva o rendimento do painel solar como um todo. Quanto menor for essa camada passiva de aglomeração, maior é a densidade obtida.
"Nós descobrimos como encolher os materiais de passivação para o menor tamanho imaginável," disse Ted Sargent, da Universidade de Toronto, no Canadá, que tem um longo histórico no desenvolvimento desse tipo de célula solar.
O rendimento das células solares de pontos quânticos ainda é substancialmente menor do que as células solares de silício.
Mas o aumento agora obtido em sua eficiência e a possibilidade de sua aplicação por spray foram suficientes para que a empresa MaRS Innovations se interessasse pela tecnologia para levá-la ao mercado.
Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br
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