
No momento, a invenção, batizada de Scale, está sendo usada para estudar o cérebro de ratos e funciona combinado a marcadores fluorescentes colocados nas células. O método permite a produção de imagens em 3D do órgão com detalhes e profundidade inéditos.
O objetivo da equipe liderada pelo Dr. Atsushi Miyawaki, do Instituto de Ciências do Cérebro RIKEN, é, em breve, testar o produto em primatas e até em humanos.
O Scale é um reagente aquoso, mais eficiente e barato do que qualquer outro já inventado, e que literalmente deixa tecidos biológicos transparentes. Seu uso permitirá a compreensão de detalhes até então desconhecidos do funcionamento celular, uma vez que outros métodos de observação têm limites.
Por exemplo, para observação direta em microscópio é preciso que as partes de um tecido sejam fatiadas de forma muito fina. Já métodos ópticos esbarram no limite de alcance da luz - 1mm de tecido.
Além de não alterar a forma ou proporção da amostra, o Scale também evita que os sinais das proteínas fluorescentes decaiam. Essas proteínas são criadas em células geneticamente modificadas, e emitem uma cor diferente que serve como marcador nos tecidos.
Por enquanto, o foco da pesquisa é o cérebro dos ratos – porém o reagente não está limitado a apenas este órgão ou animal. Coração, músculos e fígado de primatas e até humanos poderiam ser estudados com o Scale.
Além disso, os pesquisadores também imaginam um reagente que permitiria fazer essas observações em organismos vivos. Esse produto causaria uma transparência menor, mas permitiria observar o funcionamento interno de um órgão em um ser vivo.
As imagens obtidas e os resultados do Scale foram publicados na Nature Neuroscience.
fonte: http://info.abril.com.br/
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